VERA DUARTE
Cabo Verde | Cabo Verde
ABOUT
Justice, poet and fiction writer, graduated in Law from the University of Lisbon. Member of the Cape Verdean Academies of Letters and Sciences of Lisbon. Member of the Institute for African Women in Law. Awarded by the Government and the President of the Republic. Prize Laureate the North-South Human Rights Awards from Council of Europe; Tchicaya U Tam’si de la poésie africaine, Sonangol of Literature, Guerra Junqueiro of Literature and Prémio CPLP. She published Amanhã Amadrugada (poetry), O Arquipélago da Paixão (poetry), A Candidata (novel), Preces e Súplicas ou os Cânticos da Desesperança (poetry), Construindo a Utopia (essays), Ejercicios poéticos (poetry), A Palavra e os Dias (chronicles), A Matriarca – uma estória de mestiçagens (novel), De Risos & Lágrimas (poetry), A Reinvenção do Mar (poetry), Cabo Verde Um Roteiro Sentimental (essays), Naranjas en el Mar (bilingual poetic anthology), Contos Crepusculares-Metamorfoses (short stories), Desassossegos & Acalantos (micro-tales), Vénus Crioula (novel) and Urdindo Palavras no Silêncio dos Dias (poetry).
à propos
Poète et écrivaine de fiction, diplômée en droit de l’université de Lisbonne. Membre des académies des lettres et des sciences du Cap-Vert de Lisbonne. Membre de l’Institut pour les femmes africaines en droit. Récompensée par le gouvernement et le président de la République. Lauréate des prix Nord-Sud des droits de l’homme du Conseil de l’Europe, Tchicaya U Tam’si de la poésie africaine, Sonangol de littérature, Guerra Junqueiro de littérature et Prémio CPLP. Elle a publié Demain Amadrugada (poésie), L’Archipel de la passion (poésie), A Candidata (roman), Prières et supplications ou Chants du désespoir (poésie), Le Mot et les Jours (chroniques), La Matriarche – une histoire de métissage (roman), De Risos & Lágrimas (poésie), A Reinvenção do Mar (poésie), Cabo Verde Um Roteiro Sentimental (essais), Naranjas en el Mar (anthologie poétique bilingue), Contos Crepusculares-Metamorfoses (histoires courtes), Desassossegos & Acalantos (microcontes), Vénus Crioula (roman) and Urdindo Palavras no Silêncio dos Dias (poésie).
Eu africana me confesso
Ave de raízes enterradas no vento
Tronco de barbatanas em pétalas
Flor rubra nascida no charco
Gritando em pleno deserto
A canção do mar das ilhas
Eu africana me confesso
Mulher de imponderáveis errâncias
Num mundo de distopias
Trilhando rotas de desespero
Derrubando todos os sofrimentos
Eu africana me confesso
Mulher do mundo e de paixões desenfreadas
De irredutíveis amores
Inconsequente e destemperada
Mas sempre de punhos cerrados
Resiliente no deserto da esperança
Eu africana me confesso
Visionária e idealista
Procurando por oásis
Sonhando uma África livre
Sem povos martirizados
Nem gente em convulsões
Eu africana me confesso…
I African, confess
Bird with roots buried in the wind
Trunk with fins on petals
Ruby flower born in the quagmire
Shouting in the middle of the desert
The song of the sea of islands
I African, confess
Woman of imponderable wanderings
In a world of dystopias
Following routes of despair
Toppling all suffering
I African, confess
Woman of the world and unbridled passions
Of unyielding loves
Inconsequential and fearless
But always with clenched fists
Resilient in the desert of hope
I African, confess
Visionary and idealist
Searching for oases of life
Dreaming of a free Africa
Without martyred people
Nor people in devastating convulsions
I African, confess…
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